quarta-feira, 17 de março de 2010

Composições inseridas num quadrado e num círculo






A segunda composição, passo a passo.


Esta segunda composição nasceu de uma outra ideia. Tentámos concretizá-la mas cedo nos vimos insatisfeitos, a nível estético, com o produto. Como já tínhamos o cravo e esta esfera prontas, foi só encaixar o cravo na esfera.

O cravo é igual ao da primeira composição, com um arame, papel crepe verde e a flor com papel crepe vermelho com cortes.

A bola é de esferovite (foi adquirida já com aquela forma). Depois apenas fizemos pequenas bolas com papel crepe verde, vermelho e amarelo, de forma a constituir a bandeira de Portugal, e colámos na superfície esférica.

E pronto, no fim ficou assim.

A primeira composição, passo a passo.

Inicialmente apenas idealizávamos a realização de um brinquedo, que significando um lado infantil, também poderia transmitir aos observadores alguns dos sentimentos / ideais da época revolucionária de 1974, onde se insere a canção escolhida. Após alguns esboços feitos no canto de uma folha do caderno diário conseguimos pensar concretamente num objecto, este que fizemos.

Esta pomba foi feita do seguinte modo: imprimimos uma pomba da internet, depois fizemos recortámo-la, fizemos o contorno da mesma num cartão (caixa de sapatos gentilmente cedida pelo Sr.Coelho) e cortámos. Com algodão forramos toda a pomba em ambos os lados e demos um "jeitinho" de modo a dar maior volume à pomba. Para que o brinquedo possa ser pendurado nalgum sítio, fizemos um pequeno buraco e com um pouco de "fio do norte" conseguimos fazer aquilo que se vê. Foi o mesmo material que usámos para prender todos os elementos da nossa composição de modo a ficar um todo.


O suporte foi feito com base na tampa de um pote de café. Forrámo-lo com papel crepe de cor laranja e depois fizemos 3 pequenos orifícios de modo a que o fio passasse para prender os objectos mais abaixo. A luz que simboliza a fogueira foi uma simples vela, aconchegada em toda a volta por papel crepe de cor laranja claro, para que não ficasse um fundo no suporte. Os meninos foram desenhados manualmente numa folha de papel, depois passados para cartão (capa de um bloco de apontamentos), recortados e forrados com papel de lustro (cor de rosa e castanho para as duas meninas, azul e verde para os dois meninos). Depois colámos ao suporte com cola normal.

Devo dizer que foi necessário fazer um nó em cada fio, junto ao suporte, para que este não caísse.


A estrela teve o mesmo método que a pomba, excepto o material utilizado para forrar. Tirámos uma imagem da internet, fizemos o contorno num cartão igual ao da pomba e depois forrámos com um papel brilhante de cor pérola. Depois passámos com subtileza uma caneta de brilhantes à volta da estrela. Num dos pontos fizemos um furo para dar o nó que prende a estrela à restante composição.


Para o cravo cobrimos um pouco de arame fino com papel crepe verde para formar o caule. A flor foi com papel crepe vermelho. Após juntarmos um pedaço de papel vermelho demos alguns cortes e depois abrimos, dando forma à flor que se vê. A flor ficou pesa ao caule com cola e o fio prendeu-se ao cravo com um nó dentro da flor.


Quanto à bandeira, nós desenhámos um rectângulo num cartão idêntico ao da pomba, depois cortamos, e dividimos o mesmo de forma a ficar o mais parecido possível com a bandeira nacional portuguesa. A bola amarela do centro foi feita e posicionada com a ajuda de uma moeda de vinte cêntimos. A bandeira foi forrada com papel de lustro verde, vermelho e amarelo. Fizemos um furo e amarrámos o fio.


No fim, a composição ficou assim.

terça-feira, 16 de março de 2010

Elementos Básicos da Comunicação Visual.

Depois de realizadas as composições relacionadas com "Meninos de Huambo", de Paulo de Carvalho, importa salientar os elementos básicos de comunicação visual presentes neste trabalho.

Primeira composição:
  • ponto: o ponto de luz que se encontra no centro do suporte desta composição;
  • linha: por exemplo os fios utilizados para prender todos os elementos;
  • direcção: temos da direcção das linhas (fios), vertical e diagonal, assim como a direcção curva que leva a linha que delimita o suporte, por exemplo;
  • contorno: temos a bandeira em forma de rectângulo ou mesmo os meninos que têm a cabeça de forma circular;
  • tonalidade: a pomba, por exemplo, apresenta diferentes tons;
  • escala: está presente quando comparamos a pomba com os meninos;
  • dimensão: a pomba dispõe de uma dimensão / volume considerável;
  • textura: presente, por exemplo, no forro de papel crepe que tem o suporte, com alguns "vincos";
  • movimento: o facto dos elementos como a estrela ou a bandeira não estarem figurados de maneira "direitinha" mostra que pode haver movimento destes mesmos elementos, assim como o cravo;
  • cor: sabendo que este será um aspecto a abordar posteriormente neste semestre, apenas refiro que existem muitas cores nesta composição.

Segunda composição:

  • ponto: papel crepe em forma de pequenas bolas são os "grandes" pontos usados;
  • linha: o caule do cravo;
  • direcção: direcção vertical do caule do cravo;
  • contorno: por exemplo o a forma circular que apresenta a parte amarela da bandeira;
  • tonalidade: percebe-se diferentes tons nas pétalas;
  • dimensão: o cravo e a esfera coberta apresentam uma dimensão;
  • textura: os "grandes" pontos usados dão textura à esfera;
  • cor: apenas um pouco de amarelo que sobressai por entre o vermelho e o verde.

PROPOSTA DE TRABALHO 1


Primeira composição





Segunda composição

sexta-feira, 12 de março de 2010

Textura

A textura é, antes de mais, um dos elementos básicos de comunicação visual.
Nesta imagem constatamos a presença de textura em cada um dos quadrados. Caso contrário eles estariam totalmente lisos, como uma folha de papel.
Nesta figura, a textura está presente através de vários pontos, várias linhas, várias formas, que dão destaque a certas partes do objecto. São os traços, neste caso, mais escuros que nos permitem perceber que há textura.
A textura tem como principal objectivo "idealizar superfícies absolutamente uniformes, regularmente uniformes, mas muito diferentes umas das outras".
Segundo Bruno Munari, a textura é tão simples que se pode realizar de várias formas: através do preenchimento de um determinado espaço com pontos que dão mais realce a um deteminado sector do objecto, através de "embalagens-spray verniz", através "daquilo que se quiser".
Para terminar, convido todas as pessoas a consultarem o livro Design e Comunicação Visual, de Bruno Munari, mais propriamente as páginas 95 a 134, onde há um pequeno texto acerca deste tema nas 3 primeiras e nas restantes deparamo-nos com magníficos e diversificados exemplos de texturas em situações absolutamente normais.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Comunicação Visual.

Nos dias de hoje há um tipo de comunicação que passa despercebido da sociedade em geral, mas que nem por isso é menos importante do que todas as outras classes de comunicação. Aliás, esta comunicação de que vos falo é provavelmente a mais importante de todas, excepto para os invisuais. Upsss, já escorreguei... é verdade, falo da Comunicação Visual.
Esta simples expressão de dois vocábulos tem muito que se lhe diga. Mas apetece-me reduzir essa extensa definição que pode ter intermináveis exemplos a uma única palavra: IMAGEM!
Qualquer imagem, seja ela bela ou feia, portadora de características animadoras ou entristecedoras, enfim... todo o tipo de imagem é considerado um processo de Comunicação Visual. E porquê? Porque cada imagem traz consigo uma carga de informação que é captada pelo receptor.
Um simples desenho feito por uma inocente criança de 1ª classe mostra alguma coisa, diz algo a quem o observa, por mais "mal feito" que esteja... Do mesmo modo que a Gioconda de Leonardo da Vinci pretende comunicar algo aos observadores. Nesta situação estamos perante um processo de comunicação visual intencional, onde há uma intenção por parte de quem elabora a IMAGEM. Outro exemplo muito frequente é este da sinalética nas casas de banho, onde um boneco com aspecto de indivíduo de sexo masculino indica a casa de banho daquele grupo, enquanto a menina de saia aponta para a casa de banho feminina.
Do lado oposto estão as situações de comunicação visual casual, como por exemplo a formação de uma densa nebulosidade, que dão a entender que está para breve alguma precipitação. É na mesma comunicação visual, mas não é uma IMAGEM elaborada.
Um dos parâmetros que estabelecem a diferença entre a comunicação visual intencional e a casual é a interpretação do receptor. Enquanto que na c.v.casual a interpretação pode ser livre de receptor para receptor, na c.v.intencional esta deve ser única, pois a intenção do emissor deve ser passada para o receptor na sua totalidade.
Com este texto foi possível perceber estes dois tipo de comunicação visual, a comunicação que não precisa de qualquer palavra. Sim, porque uma imagem vale mais que mil palavras...




Para mais informo que baseei-me no livro Design e Comunicação Visual, de Bruno Munari para realizar esta composição escrita.