segunda-feira, 26 de abril de 2010

Proposta de trabalho nº3: texto descritivo

Na aula tive algumas ideias para concretizar este trabalho. Mas cheguei a um ponto que já não acreditava minimamente na possibilidade de concretização das minhas ideias.

Ao longo dos dias comecei a tentar elaborar qualquer coisa. Comecei pelo mais básico, mas mesmo assim eficaz e bastante bom como exemplo do que pode originar a manipulação da cor. Um oito deitado simboliza o infinito, ora pintei uma parte do oito de azul claro, e pintei o fundo do mesmo tom. Creio que é um bom exemplo, é que o que antes era infinito, agora já tem fim...

Depois encontrei uma imagem na web, e com a inspiração nos últimos acontecimentos deste mundo (infelizmente), decidi criar um cenário de lava vulcânica a atravessar uma floresta. A água passou a ser a lava, dei uns tons avermelhados e, posteriormente, acizentados. Quanto à floresta, mudei um pouco o tom verde que tinha, e carreguei um pouco no escuro, ficando apenas um ponto de luz na parte superior que se reflecte na lava. Dei um toque mínimo nas partes junto à lava, de tom avermelhado, por aí...

O último caso consistiu em tar um ar de velho e mesmo um pouco trágico a uma aldeia à beira-mar que era colorida e que, por si só, já aparentava uma certa idade... Ficou tudo com tons escuros, entre o preto, o cinzento, o verde quase cincento, até parece um vila antiga atingida por alguma tragédia.

Mais uma vez as minhas ideias não foram muito criativas, sei disso e não me custa admitir, mas foi suficiente para perceber o objectivo principal do trabalho: perceber a influência da cor na comunicação visual.

Proposta de trabalho nº3: manipulação da cor

Seguem-se as imagens nas quais eu manipulei a cor. As imagens manipuladas são as que aparecem depois das originais.

1.






2.




3.

Proposta de trabalho nº3: COLECÇÃO

Esta é a minha colecção de exemplos em que a cor assume um papel importante na definição dos mesmos, e são dez.


Se os sobrinhos do "tio patinhas" não tivessem estas cores, seria muito dificil, especialmente para os mais jovens, distinguir-se um dos outros.

Eu não sou racista. Mas para muitos, estas cores determinam, e muito, quem tem e quem não tem lugar na sociedade.

Ainda não as decorei. Mas cada faculdade da Universidade do Porto distingue-se pela cor. Se virmos, por exemplo, estudantes com fitas azuis escuras, sabemos que são da FLUP.


Quando o mar apresenta esta cor, não há quem arrisque ir a banhos...



As cores das roupas influenciam muito a compra ou não da peça. Há quem diga que as cores das roupas espelham a personalidade de quem as veste....




O preto é a cor que mais usualmente se usa quando fazemos luto por alguém. Foi o que fez Janet Jackson aquando da morte do irmão Mickael.





Quem vê uma banana com esta cor, de certeza que não a comerá...






Por vezes demoram a mudar de cor, mas os semáforos são um belo exemplo da importância da cor no dia-a-dia.



Céu azul, é sinónimo de bom tempo.

No futebol, e em todos os desportos, é a cor que distingue as equipas que jogam e as equipas de arbitragem. Árbitros de uma cor, guarda-redes de outra, jogadores de campo de outra. Muitas vezes eu perguntava ao meu pai quando não percebia nada de futebol: "oh pai, quais são os jogadores de Portugal?", ao que o meu pai respondia: "são os verdes e vermelhos"...

domingo, 25 de abril de 2010

COR

"A cor é um dos elementos visuais mais importantes porque nos transmite uma enorme quantidade de informação. Não só transmite só a sensação de beleza, possui outros significados.
As cores servem para distinguir, entender, simbolizar e identificar. A cor pode ser usada de múltiplas formas na Comunicação Visual." (citação do conjunto 1 da documentação disponibilizada pela docente)

Este excerto é rico, mesmo rico. Tem tudo aquilo que significa a cor. No que diz respeito à beleza, a cor é fundamental para transmitir tal ideia; por exemplo, muitas vezes as pessoas acabam por preferir este e não aquele objecto porque acham que este, por ter tal cor, é mais bonito que aquele que não tem uma cor tão cativante; certamente que outra pessoa teria outra opção por achar que a outra cor dá mais beleza ao objecto.

A função de distinguir pode ser perfeitamente exemplificada com o caso dos ecopontos: distingue-se o papelão do vidrão pela cor do recipiente. Outro exemplo é o dos autocarros: pelo menos lá na Madeira, as pessoas mais idosas que não sabem ler identificam os autocarros pela sua cor, os amarelos são de uma empresa, os vermelhos de outra, os verddes de outra, etc.

A função entender, passar a mensagem de algo, pode ser exemplificada com o seguinte: as pessoas, quando pela manhã avistam o céu e vêem que está com tons acizentados pensam logo que não vai dar bom tempo, que vai chover possivelmente; se estiver azul pensa-se que teremos um lindo dia de sol pela frente. Nos filmes, quando vemos um cenário escuro, com pouca luz, entendemos que a acção passa por uma parte triste, obscura ou de perigo para os personagens.

A cor vermelha simboliza o afecto, o sangue derramado no combate em defesa da Nação. O verde simboliza a esperança. O branco simboliza a paz. Enfim, as cores simbolizam sempre algo.

O principal exemplo da identificação através da cor são as bandeiras dos países. Qualquer pessoa identifica uma bandeira verde e vermelha com uma bola amarela a meio como a de Portugal. Uma bandeira com listas horizontais vermelhas e amarelas é identificada como a de Espanha. E não funciona só com as bandeiras. As cores também identificam clubes desportivos, empresas, etc.


O significado de uma imagem pode ser alterado apenas com a manipulação da cor. Uma situação que aparenta um espírito de alegria e felicidade pode ser cambiada para uma que mostra tristeza, por exemplo, bastando apenas mudar as cores para tons escuros, azulados, acizentados, preto, ... Sentimentos, sensações, ..., tudo pode ser manipulado com a manipulação da cor.

A cor é, então, um elemento muito importante, se não o mais importante, na comunicação visual.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Proposta de trabalho 2: texto descritivo

Eu estava um pouco entusiasmado por saber que iria fazer uma proposta de trabalho em tipografia. Mas quando surgiu a proposta fiquei desiludido. É que eu não sou nada fã de poesia, muito menos dos heterónimos de Pessoa. Mas estava ciente de que isso não devia ser problema à execução do trabalho.
Acabei por me aliar à Sara Batalha, pois eu tinha poucas ideias ao início e achamos que podiam complementar-se às dela. Assim aconteceu.

Quanto ao poema de Ricardo Reis, começamos por esboçar um rio dado que é um elemento mencionado entre as linhas do texto, assim como a suavidade que procurámos retratar com as linhas da água. O rio foi assim formado por linhas de texto, as tais 24 linhas de texto, que falam sobre Reis e suas características. Optámos por espalhar pelo rio o seu nome, portanto, letra a letra, aqui e acolá... o que também dava mostras de suavidade.
É verdade que ainda não abordamos a cor em DCV, mas achamos que a cor azul iria ficar bem nesta composição, não só pelo facto de ser a cor do mar (sabemos que o mar não é azul) mas também por, e como aplicamos um gradiente no fundo, transmitir novamente a ideia de suavidade.
No início tinhamos duas mãos entrelaçadas, mas mudamos para uma silhueta de um casal apaixonado. Os traços são o poema de Ricardo Reis, repetido, por uma questão estética. O branco que escolhemos para a frase contrasta com o fundo e com o rio. Não é uma composição extraordinária, mas para uma primeira experiência não foi mau de todo.

No tema de Alberto Caeiro nem foi necessário pensar muito para encontrar o texto de 24 linhas ideal para a composição. Caeiro foi o heterónimo com os estudos mais básicos de todos e, como tal, o alfabecto numa fonte parecida com as letras que aprendemos a escrever no básico constituem o fundo da composição. Sobre este surge destacado o poema em fonte Times New Roman, uma fonte simples que se lê sem qualquer problema, escrito normalmente. E sobre tudo destaca-se novamente o poema, desta feita de trás para a frente, de baixo para cima, e da direita para a esquerda. Era um pouco para fugir à normalidade deste tipo de projectos. Se ficou mal ou bem, veremos... Aplicamos a cor verde ao poema mais destacado devido à grande relação que matinha Caeiro com a mãe Natureza. Optamos pelo verde normal, mas após um conselho da docente, de facto foi melhor puxar para o verde amarelado. Um dos "Q" surge com a "perninha" esticadinha para a direita, para dar também uma outra aparência à composição. Foi o mesmo que pensamos quando decidimos usar o "!" para formar uma árvore, também para simbolizar o meio natural. E é o que se vê.

Álvaro de Campos tinha o poema que eu mais gostei. E creio que, aparentemente, é o mais fácil, o que dá mais ideias. Então decidimos logo em utilizar "rrrrrrrrrrrrr" para compor as 24 linhas de texto no Microsoft Word. Dá ideias de alguma textura e fica diferente, fica um padraõ único. Ficou interessante... Se nas anteriores composições utilizamos a cor, aqui não o fizemos e por uma razão: Campos era um homem muito simples que vivia no mundo do trabalho, onde as "rodas" e as "engrenagens" eram constantes. Por isso ficámo-nos pelo preto e branco. As rodas, as duas primeiras, formam o "Ó" que Campos profere no seu poema. O restante poema está inserido nas rodas, sendo que a maior contém precisamente a segunda e maior parte do poema. A palavra "fúria" foi manipulada letra a letra, de modo a ficar com um ar agressivo e... furioso.
Digo ainda que o "rrrr eterno" também está na composição: rrr é a parte dos "rrrrrrr" ao estilo negrito, e a parte eterno etá espalhada pelo espaço, letra a letra.

Para concluir, dizer que o freehand foi uma ferramenta importante e fico feliz por saber manejar com este programa bastante útil para qualquer tipo de trabalho de manipulação de objectos. A letra adquiriu no nosso trabalho um papel importantíssimo, comunicativo, e, se é que posso dizê-lo, fiquei mais agradado com a nossa composição de Álvaro de Campos. Gostei de todas, mas esta última foi a que mais me agradou.

COMPOSIÇÕES FINAIS: proposta de trabalho nº2







Tipografia. Exemplos

Para a realização deste projecto de Tipografia, eu e a Sara Batalha tivemos que ter em conta alguns exemplos de tipografia. São de todo úteis não só para criar alguma ideia para o projecto, mas também para evidenciar a importância da letra como meio de comunicação visual.
Os exemplos são os seguintes, para além dos que constam nos documentos disponibilizados pela docente da cadeira de DCV:
















sábado, 3 de abril de 2010

Técnicas de Comunicação Visual.

Ainda fazendo análise às composições da primeira proposta de trabalho, as técnicas de comunicação visual são:
  • instabilidade: a forma como os objectos estão dispostos na composição oferece instabilidade à mesma. Não há equilíbrio.
  • assimetria: fica aos olhos de todos que não há um mínimo rasto de simetria.
  • irregularidade: percebe-se que não há qualquer tipo de regra na composição. Mostra o inesperado e o insólito (como dizem os documentos disponibilizados pela docente).
  • se atendermos ao que surge no quadrado deparamo-nos com um cenário de complexidade, o que já não se sucede com a composição inserida no círculo que dá mais mostras de simplicidade.
  • unidade quando olhamos para cada composição, pois assimilamos o que vemos como um todo e não como partes / fragmentos.
  • temos profusão quando olhamos para o brinquedo inserido no quadrado, pois tem muitos elementos a fim de passar a mensagem; temos economia de elementos no outro objecto.
  • exagero: tudo o que era pretendido passar ao observador está lá presente, de modo a intensificar o pretendido, sem deixar qualquer tipo de especulação em torno de um ou outro elemento da composição.
  • temos previsibilidade quando olhamos para a sequência de crianças "à volta da fogueira", pois é previsível que a ordem destas sejam rapaz/rapariga/rapaz/rapariga. Está presente também a espontaneidade nos restantes elementos, pois existe uma grande dose de espontaneidade.
  • actividade: sem dúvida que está patente nas composições, pois percebemos que facilmente pode haver movimento dos elementos pendurados no brinquedo e também da bola que nem está na sua posição exactamente vertical.
  • audácia
  • neutralidade e acento: o acento passa pela luz que quisemos colocar no centro do brinquedo, um ponto no centro. Mas há a predominância da neutralidade.
  • opacidade
  • variação: há diversidade e variação de elementos na composição.
  • pode-se apontar para a distorção pois as imagens fotografadas passaram por um processo de manipulação, onde foram inseridos alguns efeitos. Mas não há distorção da imagem no seu sentido denotativo.
  • fundo pois temos perspectiva. Não há qualquer ideia de algo de plano.
  • temos justaposição dado que são abordados vários temas nas composições, que vão de encontro ao que é idealizado na canção.
  • sequencialidade quando falamos dos meninos colocados no brinquedo, dada a sequência menina/menino/ etc. Mas também há aleatoriedade nos outros elementos, em que há uma "desorganização planificada (...) da informação visual".
  • presença de agudeza pois há precisão/clarificação das informações visuais que levam a uma acessível interpretação.
  • está presente um carácter episódico na medida em que "o carácter individual das partes constitutivas do todo" não abandonam "completamente o significado global". Cada parte da nossa composição - a bandeira, o cravo, a estrela ... - tem o seu significado mas não estão afastadas de todo do significado da composição.